quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

BRECHA





NÃO DÊ LUGAR AO DIABO! (Ef 4:25-32)
A Epístola aos Efésios contém alertas muito específicos para os cristãos com relação ao diabo. Antes de qualquer coisa, o apóstolo Paulo ensinou no primeiro capítulo que Jesus triunfou e herdou o nome que é sobre todos, tendo seus inimigos debaixo de seus pés (cap. 1:22,23).  Acerca de como Jesus triunfou sobre os demônios através de Sua morte na cruz e ressurreição, vide Col 2:15.  Em Efésios 6 dispomos de informações preciosas acerca das armas que estão disponíveis para enfrentarmos a luta contra as forças das trevas – este será tema de um estudo adiante.  Já neste trecho que vamos estudar hoje encontramos um mandamento: não dê lugar ao diabo!
a)      O adversário é intrometido e aproveitador.  O apóstolo Pedro avisou que o inimigo age como um leão devorador (I Pe 5:8).  Lembre seus discípulos que o Leão da Tribo de Judá, Jesus, é infinitamente superior a este “leão” que espreita o rebanho. É só você vigiar e não dar oportunidade a ele.
b)      O inimigo se aproveita de nossas fraquezas.  Observe que o trecho que compreende os versos 25 a 32 contém uma série de recomendações sobre pecados que precisamos evitar:

1.              Mentira (v. 25) Cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo. Jesus ensinou que o diabo é o próprio “pai da mentira” (Jo 8:44). Já o Espírito Santo é o Espírito da Verdade (Jo 16:13) e o Senhor Jesus se autodenominou: Eu Sou a verdade (Jo 14:6).
2.              Ira (v. 26) Quando vocês ficarem irados, não pequem. Ficar irado não é pecado, porém a ira pode se tornar pecaminosa e oferecer oportunidades ao inimigo. Observe a recomendação do apóstolo: Apaziguem a sua ira antes que o sol se ponha. Isto significa não consentir que a ira se torne em ressentimento, mágoa, ódio – pois estes sentimentos aprisionam a pessoa e oferecem brechas para o diabo.
3.              Boca (v. 29) Nenhuma palavra torpe sai de vossa boca.  Vigiar a boca é uma necessidade! O salmista orou a Deus para que Ele colocasse uma guarda à sua boca para não pecar (Sl 141:3).  Jesus avisou que daremos contas a Deus por toda palavra torpe (ou inútil) que emitirmos (Mt 12:36,37). O critério que Paulo estabelece é o de falar somente o que edifica e transmite graça (v. 29b).
4.              Espírito Santo (v. 30).  Tudo o que você praticar que entristecer o Espírito Santo servirá de brecha para o inimigo atuar em sua vida.  Por isso o apóstolo recomenda: Não entristeçam o Espírito Santo.  Claro que os quatro itens acima também tratam de pecados que entristecem o Espírito. Vale ressaltar que o Espírito é nosso aliado para nos ajudar a perceber brechas em nossas vidas. Nos versos 31 e 32 há duas listas, a primeira de coisas a lançarmos fora de nossas vidas e a segunda de virtudes a perseguir.
5.              Lançar fora (v. 31).  Lembre-se que o diabo é adversário da Igreja e por isso devemos zelar pela saúde dos nossos relacionamentos com nossos irmãos. Por isso o verso 31 contém o mandamento: Livrem-se de toda amarguraindignaçãoiragritaria e calúnia, bem como de toda maldade. Em alguns aspectos este verso repete os anteriores – entenda que o apóstolo estava preocupado em dar ênfase à questão dos relacionamentos, onde o inimigo costuma encontrar tantas brechas.
6.              Perseguir (v. 32).  Em contrapartida a tudo que precisamos abdicar para que o inimigo não encontre lugar em nossas vidas, há virtudes que precisamos almejar, desenvolver e buscar junto ao Espírito Santo: Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-vos mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo.  Bondade é qualidade de caráter – ter o caráter de Cristo nos tornará bondosos – aquele tipo de bondade espontânea, que não visa benefício posterior.  A compaixão é a capacidade de colocar-se no lugar do outro que sofre e sentir sua dor.  O perdão que nos é recomendado não é o “da boca pra fora”, mas o mesmo perdão com que fomos perdoados por Deus.
Conclua este estudo frisando que o Senhor Jesus já operou tudo o que era necessário para que você viva livre do diabo.  Recomende aos seus discípulos que eles vigiem e que não dêem mais nenhuma facilidade para que o inimigo roube suas vidas.  Convide-os a orar com você pedindo auxílio ao Espírito Santo para vigiarem contra o pecado.  Leve-os a renunciar a cada um dos pecados alistados acima e a declararem ao Senhor que desejam as virtudes relacionadas. Na medida do possível, insista na questão do perdão pois normalmente esta é a área em que o inimigo mais prende as pessoas.
Continue nesta força. Você é um (uma) conquistador (a) de territórios!

- NÃO VAMOS DEIXAR BRECHAS EM NOSSA VIDA, FILHOS E TRABALHO. 

   É ATRAVÉS DESSAS E MUITAS OUTRAS BRECHAS QUE O INIMIGO TRABALHA E  ACABA COM NOSSOS MINISTÉRIOS... VAMOS ACORDAR!!!!  

   DEUS ABENÇOE A TODOS!!!

domingo, 2 de dezembro de 2012

A Ciranda do Inimigo





"Disse também o Senhor: Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo;Mas eu rogei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos" Lc 22:31,32.

Ao reler o capítulo vinte e dois do Evangelho de Lucas, o versículo em que Jesus fala a Simão (Pedro) despertou em mim uma curiosidade: Como é que se ciranda trigo? Certamente quem trabalha no plantio, ceifa e elaboração de grãos de trigo sabe todos os processos de uma "ciranda" e pode compreender com mais clareza o que Simão estaria por enfrentar.

Daí pensei, vou pesquisar e escrever um estudo sobre "A ciranda do inimigo". Para minha alegria, encontrei um estudo muito bom sobre o assunto. Na verdade, eu bem que gostaria de tê-lo escrito, como não o fiz, vou transcrevê-lo, com os devidos créditos.

Cirandar, de acordo com o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa(http://www.priberam.pt,) significa originalmente " passar pela ciranda; joeirar; peneirar ". Por sua vez, ciranda significa originalmente "crivo, peneira grossa, com que se joeiram grãos, areia, etc". Ou seja, quando Jesus diz a Pedro que o inimigo buscava cirandar com ele, a idéia do maligno passava bem longe de chamar Pedro para dançar um ritmo folclórico brasileiro, aliás inexistente à época.

Você consegue se imaginar passando por uma peneira grossa? Consegue se imaginar passando de um lado a outro lado da ciranda do inimigo? Pois bem, nesse exato momento, o inimigo está trabalhando para cirandar com você!

A ele não basta acabar com a sua vida: ele deseja pulverizá-lo, literalmente, eliminar qualquer vestígio do que você um dia foi. Não bastou a Pedro conviver com o Filho de DEUS, assim como não basta a ninguém constar da lista de membros de uma congregação para se livrar dessa peneira. Sem a intercessão de Jesus Cristo, o destino certo da humanidade seria a ciranda do inimigo.

O mais impressionante de todo esse processo talvez seja o fato que, na maioria das vezes, é a própria pessoa que caminha voluntariamente, pelos corredores do labirinto que é a sua vida, em busca da câmara onde se encontra o instrumento maligno que o despedaçará. A cada esquina que dobramos sem pensar, corremos o risco de dar de cara com a porta que leva à ciranda onde o inimigo aguarda pela oportunidade de nos moer.



Quem já teve a oportunidade de assistir à ciranda do trigo talvez tenha uma noção mais clara do que Jesus ilustrou a Pedro: pega-se uma braçada de pés de trigo ceifado e bate-se violentamente contra a peneira (ciranda), seguidas vezes. A cada novo golpe, alguns grãos atravessam a trama da peneira, caindo sobre um pano estendido, até que nas mãos do cirandeiro reste apenas a palha do trigo e sobre o pano, apenas grãos. A violência e a repetição do processo ilustram bem o desejo do inimigo sobre a vida de quem busca se santificar e permanecer no caminho de DEUS. Para ele, o proveito não está nem na palha que ficará em suas mãos, nem nos grãos que jazem sobre o pano, mas no prazer que ele extrai da violência do processo de desagregação do fruto que estava na planta.

No entanto, Pedro tinha a Jesus por interventor. Pedro sequer sabia do que se passava nas esferas espirituais a seu próprio respeito. Antes mesmo que viesse a saber, Jesus já havia providenciado a intervenção por seu discípulo. Quão triste é a situação daqueles que não podem contar com o mesmo recurso!

Certamente você conhece alguém assim. Talvez esse alguém lhe seja muito próximo e amado. Talvez você já esteja cansado de tanto tentar trazer essa pessoa para o caminho. Talvez você já sinta os joelhos doloridos pelo tempo que tem orado por essa pessoa. Mas eu pergunto:

Será que vale a pena desistir, sabendo o que acontecerá a essa pessoa?

Será que vale a pena tentar conciliar o sono com a imagem do trigo sendo cirandado vezes seguidas até só ficar a palha?

Será que você é exemplo vivo daquilo que você professa?

A cura para alguns males por vezes exige tempo, continuidade e persistência. Não podemos jogar todos os problemas na mesmo vala comum e achar que uma mesma terapia trará a tão necessária cura no mesmo tempo, sempre. Não desista, persista. Essa pessoa precisa desejar ter a Jesus Cristo como salvador para então tê-lo como interventor, antes que ela seja cirandada pelo inimigo.

Essa é a missão que temos, todos nós: falar do amor de DEUS por todos nós, a ponto de enviar seu filho unigênito para ser cirandado em nosso lugar. Falar do consolador que está conosco desde que Jesus retornou ao Pai. Falar que Jesus voltará para nos resgatar. Falar que mais ninguém ou coisa alguma pode tomar o lugar de Jesus Cristo nesse papel.




Que DEUS nos fortaleça integralmente. Amém


http://www.atendanarocha.com

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A Tentação de Jesus: Bem e Mal se encontram no Deserto







Quando estava prestes a iniciar seu ministério terreno, anunciando a chegada do Reino de Deus, Jesus é levado ao deserto e em quarenta dias de jejum e oração é confrontado por Satanás que lhe faz muitas propostas. A passagem é bem conhecida e recebe por título “A Tentação de Jesus”em todos os Evangelhos. Sempre que leio, penso em quanto esse momento foi decisivo para história da humanidade. Bastaria um sim de Jesus e todo o plano salvífico estaria fracassado. Bastaria um vacilo, um acenar de cabeça concordando com o diabo e tudo estaria consumado em desgraça e maldição para os homens. 


O diabo não tem sucesso em suas investidas e Jesus, de forma objetiva, sem longos discursos, pronunciando a Palavra de Deus, vence o mal e consuma na cruz do calvário a salvação que nos é dada. Na cruz, Ele resgata o que havia se perdido no Éden, quando Adão e Eva, dizem sim a serpente e acatam a sugestão diabólica de que “ sereis como Deus, sabendo o bem e o mal e não morrereis” :


“E vendo a mulher que aquela árvore era boa de se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela”. Gn 3: 6

No deserto da Judeia, lugar seco, sem pomares, o diabo aparece usando elementos naturais, típicos do ambiente, para tentar Jesus: “transforma essa pedra em pão e come, porque estás com fome” Lucas 4:3. A árvore proibida do jardim, aquela que Eva já havia visto e rodeado tantas vezes, foi nela que a serpente se enroscou. Porque o mal não chega de forma espantosa, nos assombrando com suas propostas. Ele aparece em nossa rotina, no dia a dia, assim como uma tênue linha no tempo separando abismo e paraíso. 


Na igreja, na família, no trabalho, em lugares de nosso convívio, o mal aparece disfarçado de bem, porque sua essência é a mentira e quando domina sua presa, se revela como angustiante e terrível, mostra suas garras com objetivo tão somente de roubar e destruir vidas: “porque não há verdade nele, e fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” João 8:44. Ele não falou a verdade para Eva, nem para Jesus, também não falará para mim e para você.



Percebam que ao longo das narrativas Bíblicas, reais e proféticas, o mal tenta desviar os servos de Deus de seus caminhos, das promessas Divinas, fazendo-lhes propostas que aparentemente não apresentam perigos, pelo contrário, até soam bem como se fossem a melhor e mais agradável solução para o que de maior aflige o coração. Isso mesmo, o mal escolhe “o ponto fraco, o calcanhar de Aquiles” e ali destila seu veneno, aos poucos, até nos fazer acreditar que o que vivemos, é de fato a melhor das opções. Foi assim com Adão e Eva, com Moisés, com Abraão, com Davi, com sansão, com Jesus, com apóstolo Paulo. 


Não nos enganemos, essa história ainda não terminou, eu e você somos alvos das estratégias malignas de Satanás que dia após dia é encarregado de nos desanimar, a fim de que façamos escolhas erradas, segundo as necessidades que nos afligem. Moisés teve que optar entre ser chamado “filho da filha de faraó e viver no luxo do palácio a ser mensageiro de Deus conduzindo os israelitas no deserto” (Hb 11:24,25). 

A promessa para Sara e Abraão era sobre Isaac, mas antes disso, existiu Agar e Ismael (Gn 16). O que dizer de Davi com Betseba? Ela apareceu para ele, por entre as janelas do palácio, banhando em seu quintal e Davi deu uma primeira olhada, e mais uma, e mais uma, até por fim ser vencido ( II Samuel 11: 1-27). Sansão foi enganado por Dalila, aquela que parecia ser um grande amor. Apaixonado, Sansão não percebe que ela havia sido contratada com o fim específico de destruí-lo. Sansão parecia mesmo está vivendo um paraíso, mas o fim, era o abismo, porque o diabo mente, até dominar sua presa e revelar seu cativeiro. 


O diabo não faz pacto de fidelidade com ninguém, essa não é sua essência. Ele faz o ladrão roubar e ainda ser preso para viver seu inferno. Faz o drogado se drogar e perder a confiança da sociedade. Um abismo leva a outro abismo (Salmo 42:7). Apóstolo Paulo, se tornou um homem de relevância para o cristianismo, antes disso, porém, mergulhou no abismo da religiosidade: “Mas o que para mim era ganho, reputei-o perda, por CristoJesus” ( Filipenses 3: 5-14)

É claro que o homem tem sua parcela de culpa pelos males cometidos, o diabo não é irresponsável sozinho. Mas a quem Deus deu o direito da escolha? Ao homem, e cada um está livre para escolher até mesmo não ser livre. E para cada proposta que nos é feita existe bem e mal:”Eis que hoje eu ponho diante de vós a bênção e a maldição;A bênção, quando cumprirdes os mandamentos do Senhor vosso Deus, que hoje vos mando; Porém a maldição, se não cumprirdes os mandamentos do Senhor vosso Deus, e vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno, para seguirdes outros deuses que não conhecestes.” Deuteronômio 11:26-28. E só poderemos escolher entre bem e mal, se ambos se apresentarem para nós. 


Jesus escolheu o bem quando o mal estava bem diante Dele. Escolher, é algo que tem inicio em nosso interior, por essa causa, diz ainda a palavra: “cada um é tentado quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência, depois, havendo a concupiscência concebido, dá a luz a pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte” (Tiago 1:14,15)
                                                                                                                                                                                                    Os planos de Deus não se frustram 

Sabem de algo incrível que percebi lendo os Evangelhos?! É que para cada proposta, feita a Jesus, por Satanás no deserto, Deus suscitou algo muito maior! Não, não, as propostas feitas no deserto da Judeia, não eram o que de maior poderia ter acontecido a Jesus Nazareno! O diabo mentia para Jesus, o momento era grandioso, decisivo, mas o que ele propunha para Jesus era muito pouco, diante do que Deus havia reservado.



“Disse-lhe, então o diabo: Se és filho de Deus, manda que esta pedra se transforme em pão” (Lucas 4:3)

Jesus não transformou apenas uma pedra em pão, mas cinco pães foram multiplicados para mais de cinco mil pessoas. ( Lucas 9:10-17) Ele não quis matar a própria fome, mas a fome da humanidade, sendo Ele mesmo O Pão da vida ( João 6:35).


“Disse-lhe o diabo: Dar-te-ei toda esta autoridade e a glória desses reinos, porque ela me foi entregue, e a dou a quem eu quiser. Se me adorares, tudo será teu” (Lucas 4:6-7)


O mundo jaz do maligno e ele domina o presente século ( I João 5:19), mas Jesus recebeu de Deus autoridade para dissipar as trevas, vencer o maligno, através da obediência ao Pai e do amor por nós. Ele é o Nome que está acima de todo nome, autoridade e poder para salvação, somente em Jesus Cristo se encontram ( Lucas 4:32,  5: 24).  


“Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra,e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.” Filipenses 2:7-11


“Se és o filho de Deus, atira-te daqui abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e eles te sustentarão nas suas mãos para não tropeçares em alguma pedra”. Lc 4: 10-12.


Primeiro o diabo leva Jesus para um lugar muito alto e depois pede que Ele se jogue de lá. A glória do mundo traz infelicidade. Alcançar fama e sucesso pode ser prazeroso. O status, reconhecimento, louvores, dinheiro e tudo o mais sem a presença de Deus na vida é como esse abismo proposto por Satanás, e quantos não o vivem?

Jesus não buscou a glória do mundo, mas recebeu fama e glória pelas mãos de Deus. E sabe o que me chamou à tenção? É que os fariseus quiseram jogar Jesus de cima de um monte em Jerusalém, eles estavam revoltados com a fama alcançada por Jesus, com as tantas vidas que estavam sendo curadas. Os fariseus estavam perdendo lugar, atenção, sendo relegados e feridos naquilo de que mais se orgulhavam: Religião.


“ E, levantando-se, expulsaram-No da cidade e o levaram até o cimo do monte sobre o qual a cidade estava edificada, para de lá o precipitarem abaixo, mas Jesus passando por entre eles, retirou-se” Lc 4:29-30. Um acontecimento narrado imediatamente após a tentação do deserto. Os corações dos fariseus estavam cheios de raiva e também inflamados pelo diabo. O cristão que se entrega inteiramente ao serviço do Reino de Deus, irá encontrar oposição. Quanto maior a obra, maiores os inimigos. Apóstolo Paulo confidenciou nas epístolas: “porque uma porta grande e eficaz se me abriu;e há muitos adversários” I Cor 16:9.

Jesus não tropeçou em pedra alguma, mas Ele mesmo foi ( É) a Pedra em que muitos tropeçam.(Atos 4:11) quando não creem, quando O rejeitam. Ele foi morto e ressuscitado, e por essa o diabo não esperava. Ele pensou haver derrotado Jesus, escarneceu Dele em todo o tempo ao caminho da cruz: “ se tú és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo” (Lucas 23:37). Quanta semelhança entre a fala dos soldados romanos e a do diabo no deserto. Mas Jesus não precisava provar que era filho, Ele sabia que era.






A voz do mal


Sempre tenta nos afastar do amor de Deus, colocar dúvidas em nossa mente sobre o amor que nos salva ( Jesus Cristo). O mal se apresenta como o pão, em tempos de fome. Como saber discernir? Como escolher o que vem de Deus? Nenhum de nós está livre de escolhas erradas, eu já errei. Já me enganei entre bem e mal. Entre vontade humana e direção Divina. Sei que não sou super e que super-homens não existem, a não ser na teoria de Nietzsche e nas telas do cinema. E estes, são igualmente miseráveis porque representam uma utopia. O homem não pode viver sem Deus e o super do cinema, sequer voa, a não ser quando sustentado por cabos de aço. 


Necessitamos buscar a Deus todos os dias, como se fosse nosso último dia de vida. Porque é no deserto que bem e mal se encontram, é em um coração humilde e contrito, totalmente dependente de Deus, que se ouve Sua vontade. A maravilhosa notícia é que perto de Deus, erros nos transformam em pessoas mais fortes e melhores, não como uma doutrina de carma ou evolução, como creem algumas religiões, mas em pessoas mais próximas do Filho Jesus, por amor e temor ao Pai.


Erros, podem ser perdoados, e o são a todo que pede perdão e se arrepende. Mas as consequências existirão. Abraão sofreu as consequências de uma escolha errada, Ismael filho de Agar, provocou tantas desavenças e conflitos que perduram até nossos dias. Davi, pelo pecado do adultério, pagou caro, muito caro: viu morte e desgraça em sua família. Sansão perdeu literalmente a visão porque a visão do Reino já lhe era perdida. Mas a todos esses, Deus ressuscitou sonhos e promessas. Os fez acreditar novamente, porque as misericórdias do Senhor, se renovam a cada manhã e não têm fim ( Lm 3:22). Porque os planos de Deus não se frustram, na vida dos que O amam e O buscam com todo o coração. Selá.

Não tenhamos medo


De renunciar ao mundo e recebermos a Jesus Cristo em nosso coração. O que Ele tem a nos oferecer é maior e melhor que toda proposta do mal. Olhemos para a tentação no deserto, ela nos diz que mesmo que sejamos fracos, a Palavra de Deus nos torna fortes. “Porque o Senhor é a minha força”. ( Habacuque 3:19) . Quarenta dias sem comer e sem beber, o corpo fraco, mas o espírito forte, porque estava alimentado com a Palavra de vida, a Única capaz de livrar o homem do inferno e da morte eterna, a Única capaz de nos dirigir com segurança nas escolhas da vida. A Palavra, é o maior sinal de que Deus nos ama e Se revelou para humanidade, através de Jesus. Lembremos que bem e mal se encontram no deserto, da vida e da morte. Bem e mal, sobre essas escolhas está firmada nossas vidas.

Deus o abençoe.


Wilma Rejane.

domingo, 25 de novembro de 2012

Fazendo a Vontade de Deus



Introdução - Fazer a vontade de Deus deve ser desejo de todo cristão, mas nem sempre a prática desse desejo tem se concretizado em nossas vidas. Porque as ideias e as práticas da sociedade moderna que são contrárias a vontade de Deus, quase sempre acabam neutralizando este desejo, levando-nos a fazer a nossa vontade e não a de Deus. Sobre isto Jesus nos deu exemplo quando esclareceu o porque da sua vinda " Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou" ( Jo. 6:38 ). Com essa afirmativa do senhor Jesus, devemos diligentemente buscar fazer a vontade de Deus como prioridade máxima de nossa vida e as sagradas escrituras nos oferece alguns detalhes para alcançar este objetivo, então vejamos alguns;

Mantenha íntima comunhão com Deus - percebemos que o desejo de Deus sempre foi manter comunhão íntima com o homem, isto é visto desde a criação quando Deus formou o homem e a mulher e colocou-os no jardim do Éden e mantinha comunhão com eles até o dia em que desobedeceram e tentaram esconder-se de Deus, conforme Gênesis 3:8. Esta comunhão íntima com Deus só é possível quando temos uma vida de compromisso regada a oração, o que foi visto durante o ministério de Jesus, até mesmo quando caminhava para a crucificação ele colocou a sua vontade diante do pai, no entanto, não foi a sua vontade que prevaleceu porque assim ele orou ao pai: " (...) meu pai, não seja feito como eu quero, mas como tu queres"( Mt. 26:39 ). Só quem tem íntima comunhão de Deus busca orientação e direção antes das decisões, isso foi o que Jesus fez antes da escolha de seus discípulos " Subiu ao monte a orar e passou a noite em oração " ( lc 6: 12 ). Assim como Jesus, se queremos íntima comunhão com Deus devemos cultivar uma vida de oração.

Mantenha uma vida de obediência a sua palavra - gosto muito da expressão do salmista quando diz: " lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho " ( Sl. 119:105 ). Assim o cristão deve viver, tendo a palavra de Deus como guia, é ela quem ilumina o caminho dando direção para cada passo, foi com este propósito que Deus orientou Josué para ter um caminho seguro para o sucesso na sua nova missão " Não se aparta da tua boca o livro desta lei; antes medita nele de dia e de noite, para que tenhais o cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido" ( Js. 1:8 ). Não basta simplesmente conhecer a palavra, mas está disposto a obedecê-la, porque esta é a vontade de Deus. Ele revela a sua vontade através da sua palavra para que nós obedeçamos assim como fez Filipe que depois de evangelizar e testificar a palavra do Senhor em muitas aldeias ouviu o anjo do senhor falar para levantar-se e ir para Gaza, lugar deserto, ele obedeceu e o propósito do Senhor foi realizado, conforme Atos 8:25 - 39. Ao contrário de Jonas que sabia a vontade de Deus, que deveria ir para Nínive, mas preferiu fugir para Tarsi. O jovem rico de Lucas 18:18 - 25, é outro exemplo, ouviu de Jesus o que deveria fazer, mas resolveu desobedecer, portanto meus amados, a obediência a palavra de Deus é o caminho para aqueles que querem fazer a vontade do pai.

Mantenha a vida cheia do Espírito Santo - manter uma vida cheia do Espírito Santo, esse era o desejo do apóstolo Paulo para a igreja de Éfeso quando recomendou-lhes o seguinte: " Não vos embriagueis com o vinho, em que a contenda, mas enchei-vos do espírito" ( Ef. 5:18 ). O maior desafio do cristão na presente geração é manter uma vida cheia do espírito, o preço a ser pago é realmente alto, mas pode ser pago, basta o cristão se submeter a ação do Espírito Santo, buscando de todo coração e despojando-se de tudo o que impede a ação dele, isto foi o que recomendou o apóstolo Paulo: " Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus " ( II Cor. 7:1 ). Portanto, o cristão com uma vida purificada através da ação do Espírito Santo, estará assim revestido do poder para testemunhar, tendo compromisso com a palavra de Deus, e nele existirá temor e através dele Deus fará maravilhas, conforme Atos 2:42 - 43. Assim foi com Estevão, homem cheio do Espírito Santo, conforme Atos 7:55, que não temeu nem mesmo a morte, mas fez a vontade de Deus.

Conclusão - É necessário que todo crente em Jesus Cristo mantenha íntima comunhão com Deus, e tenha uma vida de obediência a sua palavra, só então manterá uma vida cheia do Espírito Santo, e assim fará a vontade de Deus. Que Deus em Cristo nos ajude a fazer a sua vontade. AMÉM! 



(Pr Cicero)

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O preço da renúncia




Esperei muitos anos para realizar este sonho. Quando Issac chegou, um raio de luz acendeu em nossa casa. Eu e Sara, já não tínhamos tantas coisas para fazer. Coordenávamos os criados e cuidávamos das tendas, muitas pessoas dependiam de nós. Olhávamos para as crianças dos nossos irmãos israelitas: correndo, brincando, abraçando seus pais. Pareciam tão felizes. Agora, temos o nosso filho, um herdeiro prometido por Deus, uma promessa que significa eternidade.




Sara ficou mais bonita com a gravidez, passou a se sentir mais segura, amada, andar de cabeça erguida, mesmo sob os olhares de pasmo, os risos de deboche os murmurinhos. Sabíamos que a chegada de Isaac era um testemunho do poder de Deus de quanto Ele nos amava e zelava por nós. Muitos já me viam como um escolhido, abençoado, Isaac era a prova de que não existia impossibilidades para o meu Deus. Sim, homens e mulheres, vieram nos ver e perguntar sobre o Deus que servíamos.

Isaac era agora a maior maravilha que tínhamos. O bem mais excelente. Ele era a minha herança. Andávamos juntos nos campos, ríamos, conversávamos. Isaac era o centro de minha vida. Sara não tinha ciúmes da nossa relação, ela até gostava. Sabia que eu estava feliz. Tão logo Isaac começou a entender as coisas, lhe falei sobre Deus. Contei-lhe sobre as estrelas. Repeti o que Deus tinha me falado: “Filho, podes contar as estrelas? Assim será tua descendência”. Fiz planos para Isaac. Nos entendíamos muito bem.

Algumas vezes cheguei a pensar que o lindo menino estava tomando o lugar de Deus, porque se antes ao acordar eu olhava para o céu em oração de gratidão, agora, eu olhava para Isaac, passava horas vendo-o dormir, apreciando sua beleza. Quando ele acordava, sentávamos juntos á mesa e por todo o dia Isaac era a minha diversão. Eu o amava com todas as minhas forças. Apesar da sensação de estar abandonando Deus, prossegui em minha adoração a criação e ignorei ao Criador. Afinal, bem ali estava o Seu presente para mim.

A cada dia que passava me sentia mais perto de Isaac e mais distante de Deus. Eu estava feliz e isto era o que importava. Deus entenderia minha distância. Ele sempre entendeu tudo. Mas certo dia, no meio da noite, ouvi a voz do Senhor. Fazia muito tempo que aquilo não acontecia. Ele veio como no principio de minha caminhada. Pediu-me algo que parecia impossível: "Sacrifica teu filho". Doeu muito, não consegui mais dormir. Acordei os criados e parti a Moriá. Os pensamentos eram de pesar. A situação estava remoendo minha alma.

Mas, era um momento de decisão: Deus estava a me provar, requerer de mim o bem mais precioso. Precisei escolher viver para Deus e morrer para o mundo. Por quase 80 km refleti sobre aquele pedido. Em silêncio, revivi em minha memória, cada Palavra de Deus para mim. Eu precisava daquilo porque percebi que as promessas estavam morrendo, que eu já não era servo do Altíssimo, mas pai de Isaac. Talvez, eu até nem estivesse sendo, marido da Sara. Era hora de mudar. Deus entreviu na hora certa. As lágrimas escorriam em meu rosto, procurei disfarçar.

Na caminhada para o Vale da morte, encontrei vida e renovei os votos com o Senhor. Tive mais uma vez a certeza de que Ele não me abandonaria. “Em Isaac será chamada a tua descendência" ecoava em meu ser Gn 13:15, 16 e Hb 11:17: 18. Subi o Moriá. E enquanto Isaac nada entendia, meu coração se convertia. Minha vontade morria. A distância entre mim e Deus diminuía. Quando meu filho já no cume me pergunta: “Pai, onde está o cordeiro para o holocausto”? Gn 22:7. Respondo “Deus proverá”. Não era a vida de Isaac que estava no altar. Era a minha vida. Eu precisava compreender que não era o senhor do tempo, nem mestre de mim mesmo. Deus era o meu Senhor e deveria ocupar o centro de minha vida.

Alguma vez Deus já te pediu algo que pareceu impossível? Alguma vez, a vontade de sua carne te promoveu satisfação e alegria, mas você se sentiu distante de Deus? Existe algo que está sendo colocado como centro de sua vida, tomando o lugar de Deus? Lembre-se, o caminho da salvação exige renúncia. Porta bem estreita. Não é só de flores, mas de espinhos. O que você precisa levar ao Moriá? Não pense duas vezes, pegue a lenha e siga o caminho, acreditando que Deus proverá. Pode ser que doa muito, mas a recompensa virá.

Sacrifícios de Renúncia:

Ana: A esposa de Elcana era uma mulher triste porque não conseguia ter filhos. O esposo tinha uma concubina chamada Peninha, e a Bíblia diz: “Peninha tinha filhos, porém Ana não tinha” (I Sm 1:2). Em profundo clamor, Ana cheia de fé pede a Deus um filho. Ele concede, nasce o menino Samuel. Imaginem quanto essa criança representava para Ana: Dignidade, milagre, resgate, nova vida. Samuel era o prêmio que Ana precisava para esmagar as ofensas da rival, para calar as línguas impiedosas. E o que faz a mãe de Samuel? Samuel ainda bebê é entregue no templo para o sacerdote Eli, para naquele lugar cumprir o ministério de servir ao Senhor como cumprimento do voto de sua mãe. “Por isso também ao Senhor o entreguei, por todos os dias que viver, pois ao Senhor foi pedido. E adorou ali ao Senhor” (I Sm 1:28). Quanto custou para Ana a separação de Samuel, a primícias de sua felicidade?

Moisés: “Pela fé Moisés já grande recusou ser chamado filho da filha de faraó” Hb 11: 24. Moisés deixa o palácio real com todas as suas benesses para viver como peregrino, porque tinha um chamado. O de ser líder do seu povo. Ele renunciou o luxo e a herança , em vista de algo maior: servir a Deus em favor de sua pátria. A renúncia custou anos da vida de Moisés, tempo em que foi moldado pelo Senhor, moído, a fim de se tornar capaz de exercer o ministério. Aquele que era assassino, enfim torna-se manso e disposto a obedecer: “E era o homem Moisés mais manso do que todos os homens da terra” Nm 12:3

Quando me converti ao Senhor, ouvi firmemente em meu coração: “Deixa tudo que estas fazendo, porque tenho algo novo para ti”. Abandonei a carreira de jornalista e as propostas para trabalhar em grandes emissoras de Teresina, comecei o ministério de ensinar e pregar a Palavra. Troquei o curso de Ciências Contábeis na Universidade Federal, pelo de Teologia. Estava no último ano e recomecei. Mais cinco anos na Universidade. Renunciei os meus planos, para seguir os que Deus tinha reservado para mim. Pela fé e certeza de que Ele me seria fiel, e está sendo. Sei que o será até o fim de meus dias.

Seguir a Jesus exige renúncia. Do começo ao fim da caminhada. Sei que esta não é uma boa mensagem para se ouvir, mas é a mensagem do Reino e é agradável de seguir. Porque Deus não abandona os que renunciam ao mundo, na certeza das coisas que hão de vir. O apóstolo Paulo, falando em renúncia diz: “Mas o que para mim era ganho, reputei-o perda por Cristo. E na verdade, tenho por perda todas as coisas pela excelência do conhecimento, de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo que sofri a perda de todas essas coisas, e as considero como escória para que possa ganhar a Cristo” Fp 3:7, 8.

Não quero dizer que você tenha que sair por aí renunciando a tudo que lhe traz felicidade. Não é isto. Deus tem planos diferentes para cada um de nós, também fala de maneiras diferentes. Mas quando fala... É impossível não saber que é Ele. Suas palavras mexem com todos os sentidos humanos, tudo conspira para a realização de Sua vontade. Desobedecer é sentir os grilhões apertando, doendo, a consciência esmagando. Como ignorar Seu poder?

Alcançar o Reino é conquistar a paz, mas o preço dessa paz está na renúncia, na consciência de filho que ama o Pai e preza por agradá-Lo: "Então disse Jesus a seus discipulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a minha cruz e siga-me" Mt 16:24. É preciso ficar em silêncio para ouvir Deus. Ele falou com Abraão no meio da noite, uma hora em que tudo estava em repouso. Conhecemos a vontade de Deus para nós, quando subimos o Moriá, com coração quebrantado, lágrimas nos olhos. Quando nos entregamos por inteiro, sem reserva. No Moriá, colocamos nossas vontades em sacrifício. E Deus suavemente faz bradar os anjos, concedendo a nós "a sobrevivência de Isaac". Ele não nos entristece, mas transforma os nossos cacos em vasos de ouro.
Deus te abençoe.




Wilma Rejane



terça-feira, 6 de novembro de 2012

Vencendo a Ansiedade Com Ajuda de Jesus






Manter-se tranqüilo diante das adversidades é um desafio para todos os homens. Lembro-me das tantas vezes em que estive ansiosa, preocupada, com situações que se resolveram posteriormente na mais perfeita paz. Sofri a toa. Poderia ter escolhido confiar e permanecer em repouso, como um belo pardal saltitando no telhado, entoando um cântico de louvor ao céu. Jesus disse que nenhum desses pequeninos pássaros está distante de seus olhos. Ele tem a conta de cada um. Por que não teria de mim?

Foi quando me preparava para ministrar uma aula sobre o capitulo seis de Mateus (cuidados e inquietações) que recebi de Deus a instrução: “Ansiedade é pecado”. Que descoberta! Não tinha esse item em minha lista de pecados. Mas foi só observar atentamente os versículos para constatar que eu era uma pecadora em potencial, precisava imediatamente me corrigir. Pequenas coisas costumavam tirar meu sossego. Se eu queria tanto agradar a Deus e ser ouvida de forma eficaz em minha caminhada com Cristo, algo tinha que ser feito.



“Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom. Por isso, vos digo: Não andeis cuidadosos quanto a vossa vida...” Mt 6:24, 25.

Mamon é um sinônimo de “deus do dinheiro”, também indica um sistema de materialismo. Esse verso é bem conhecido e citado individualmente para designar idolatria. Mas ao prosseguir na leitura, Jesus complementa: “Por isso, não andeis cuidadosos”. Ou seja: “Por este motivo, por esta causa, não andeis cuidadosos quanto a vossa vida”. A ansiedade é uma conseqüência do abandono de Deus. Ela acontece quando supervalorizamos o material em detrimento do espiritual.

A tradução para “andeis cuidadosos” é “merimnao” de “merizo”, que quer dizer “dividir em partes”. A palavra sugere uma distração, uma preocupação. Ao ficar ansioso, eu divido minha mente, minha força, minha adoração com outros que não Deus Único e Verdadeiro. Ao dividir a mente, entrego a vida na mão de “outros senhores”. Uma desobediência, um agravo ao senhorio de Cristo. Porque, se Ele reina em mim, devo ser absolutamente Dele. Se Ele me satisfaz, não há necessidade de estar insatisfeita. Se Ele é tudo para mim, por que vivo como se me faltasse paz?

Alguém diria: Impossível não ficar ansioso! Também já pensei e agi dessa forma, carregando um pesado fardo de coisas que julgava serem pedras, quando não passavam de penas. Mas também, já carreguei pedras que não caberiam em um fardo. Seria necessário um guindaste para removê-las. Graças a Deus e por sua eterna misericórdia, aprendi que não preciso agir como se estivesse sozinha no mundo. Jesus é o que nos dá descanso, e fortalece. Nele é possível encontrar calmaria em meio à tempestade.

É só olhar para Cristo. Em Seu ministério terreno, teve todos os motivos do mundo para estar ansioso e não esteve: Perseguido, caluniado, com a missão de resgatar a humanidade, tendo conhecimento de sua morte e ainda assim, nunca, jamais perdeu a fé e a tranqüilidade. Retirava-se para os montes em longas horas de oração. Poucas horas antes de ser capturado pelo exército romano, Jesus retira-se para o jardim Getsêmani na companhia de seus discípulos e diz para eles: “Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar” Mt 26:36.

Ele nos dá a mais preciosa receita contra a ansiedade: “Vou orar”. Na oração, Jesus encontrou refúgio e força para os dias de angustia Ele passava horas em conversa com o Pai. Nada, absolutamente nada, foi capaz de fazer com que Jesus ficase ansioso. Bem, é verdade que Ele ficou um pouco furioso com uns mercadores no templo e derrubou mercadorias com uma espécie de cordão. Mas isso não constitui ansiedade. Porque esse sentimento maquina a respeito de "impossibilidades" ou de abundantes possibilidades. A atitude de Jesus tem a ver com justiça, pleno dominio de si. Certeza da vontade de Deus. Um servo inteiramente sob o dominio do Senhor.

E por ter vencido todas as imposições do materialismo é que Jesus se oferece como solução para ajudar aqueles que não conseguem se livrar dos fardos, da ansiedade. Ele venceu, até mesmo a morte. O mais angustiante sentimento existente no Universo. Dor para quem vai e para quem fica. Ele venceu e ressurgiu para glória do Deus Pai, e abrigo para os perdidos. Ele mesmo é quem diz: "Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para as vossas almas" Mt 11:28,29.

Não precisamos estar ansiosos. Esse mal tem remédio. Não é um paleativo apenas, é um bálsamo diário para todas as situações. Entremos no jardim do Getsêmani. Oremos sem reservas. Confiando toda nossa mente a Deus. Sem dividir com nada, nem ninguém. Lembram-se do que Jesus falou a Marta? "Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas mas uma só é necessária. Precisas imitar Maria, que escolheu a boa parte" Lc 10:41,42. Enquanto a mente e a presença de Marta se dividia entre a sala, cozinha e outras partes da casa, Maria repousava aos pés de Jesus. Marta correndo afadigada e Maria ouvindo o Mestre, confessando seus medos, aprendendo, sendo edificada, recebendo refrigério.

Marta ansiosa, ainda perguntou; "mestre, não te importas comigo"? A ansiedade sempre procura um culpado. Ela se move na direção dos problemas, não das soluções. O ansioso considera que pensar demais no problema lhe trará a solução. Mas não. Isso só faz com que moinhos de vento se transformem em monstos. Você conhece essa lição contida na obra de Miguel de Cervantes? A fim de proteger a donzela por quem estava apaixonado, Dom Quixote se atira em um moinho de vento, acreditando tratar-se de um monstro de garras destruidoras.

Assim acontece conosco. transformamos moinhos de vento, em monstros e sofremos desesperadamente tentando destruí-los . Deus olha para nós e diz: "Filho, não temas, olha para mim, tenho o controle do moinho, sei a direção do vento, descansa". Em silêncioso clamor respondo: " Preenche-me Senhor, fortalece-me e guarda-me de servir a Mamon".


Wilma Rejane

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Doce presença





Romanos 8
1 Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.
2 Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.
3 Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne;
4 Para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.
5 Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito.
6 Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.
7 Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser.
8 Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.
9 Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.
10 E, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça.
11 E, se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita.
12 De maneira que, irmãos, somos devedores, não à carne para viver segundo a carne.
13 Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.
14 Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.


Andar no Espirito traz bons frutos mas andar na carne não é a melhor escolha , como você tem estado?


Tem estado com a presença de Deus andando em Paz ou tem andado na carne?


Amados andar na carne só trará dor e morte, andar no Espirito traz paz e vida.


Nós temos que ser semelhantes a Cristo e mortificar nossa carne andando no amor, vivendo em comunhão com todos e em alegria.


Isso é um exercicio diario, muitas vezes não é fácil pois no dia a dia nos deparamos com pessoas e situações que corremos o risco de agir pela carne mas o Espirito Santo que habita em nós é como um termometro que nos avisa quando erramos o que tem que ser feito na hora é pedir perdão e confessar o pecado o erro.


Viver no Espirito é estar em comunhão com Deus é buscar a presença dEle não somente em momentos dificeis mas em todo tempo .


Que hoje você possa examinar como tem sido seus dias e como você tem agido se em amor no Espirito ou se na carne , peça para Deus trazer se há algo que você fez que entristeceu o Espirito Santo e desagradou a Deus por que andou na carne .


Escolha ter frutos de amor e paz amando e honrando aqueles que Deus tem colocado a sua volta .


Deus ensina-nos a viver em amor e paz não queremos viver na carne e sim sermos canal de amor nesta terra, que o teu Espirito Santo não se afaste de nós mas sim esteja em nós pois sabemos que a presença do Espirito é doce e suave e traz a paz que excede todo entendimento e que qualquer ato de falta de amor ou carne Ele é sensível e se vai, que possamos nos arrepender de nossas falhas buscando a doce presença do Espirito de Deus em todo tempo . Amém
.

Jane Freitas Chagas

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Não deixe o Cesto de Junco afundar,não Pare de Acreditar!





"Há mais pessoas que desistem
do que pessoas que fracassam."
Henry Ford



Fico pensando nas grandes surpresas que Deus preparou na vida de Moisés até transformá-lo em um lider abençoado e vitorioso. Moisés foi como uma águia nascida para voar bem alto sobre vales e montes, mas isso somente aconteceu depois de 80 anos. Tinha todas as probabilidades para ser um velho rabugento e murmurador, mas longe disso, renovava suas forças quando ouvia a voz de Deus ordenando que ele continuasse. Quero dedicar essa mensagem a todos amigos que moram ou trabalham fora do Brasil. Desejamos que a presença do Senhor possa alegrar seu coração com essa leitura. "Let's carry on!"

Quando Moisés nasceu estava destinado à morte. Mas não foi morto. Sua mãe era uma mulher de oração. Quando todas as outras mães atiravam seus meninos no Nilo, para cumprir o decreto do faraó, ela não afogou seu filho. Ela cumpriu a lei, mas antes pôs Moisés num cesto. Aquele cesto vagando sobre as águas do Nilo tem um significado para hoje: são os cuidados constantes de u'a mãe por seus meninos na sua descida pelo "Nilo" de uma sociedade violenta, corrupta e podre.

Mas um cesto de junco afundaria em pouco tempo, encharcado. Cuidar com responsabilidade é bom, mas o betume do cest0 de Moisés são as orações de mãe. Por isso, a mãe que separa um tempo para orar diariamente pelos filhos agrada a Deus. Outro dia ouvi um Pastor criticando mulheres que passam o dia orando na Igreja enquanto seus filhos estão na rua com péssimas companhias. Fiquei pensando, se orando elas têm problemas - e que se dirá então das que ficam apenas em casa ralhando com os filhos para afugentá-los para rua?

Deus tem muitas promessas de bênçãos para nossos filhos, mas por outro lado o diabo está constantemente semeando o joio para destruir o cumprimento de cada uma delas. A mãe de Moisés foi criativa com o cesto, mas por que orava, ouviu a voz de Deus, por um pensamento que veio a sua mente, para não esquecer do betume. Quem se dedica na oração nunca é pego desprevenido. Recetemente, minha cunhada, uma mulher de oração, descobriu ao fazer exames num hospital de Belo- Horizonte, que sua taxa de glicose estava acima de 900. Se admiriaram de vê-la de pé e enxergando bem.

Você já examinou se os "cestos" de seus filhos não estão afundando?





E a história é bem conhecida, Moisés foi encontrado pela filha do faraó, que por sua vez buscou uma ama para cuidar e amamentar Moisés. Outra vez, aquela mãe que cuidava e sempre orava, teve Moisés de volta. Ninguém mais poderia agora afogá-lo no rio, ao mesmo tempo que da casa do faraó saia o sustento de pão para todos. Moisés cresceu e foi instruído em toda ciência do Egito e nas artes da guerra. Estava no auge da sua força física quando foi visitar o povo judeu, certamente já sabedor da sua origem. Naquela época, já era conhecedor das promessas de Deus para sua vida, de que seria o libertador de Israel. Procurou iniciar a libertação pela força das armas, mas não era pela força nem pela violência, que Israel seria liberto.

A primeira grande surpresa foi que ao nascer Moisés era formoso de aparência. A segunda surpresa foi que em lugar de ter morrido afogado, ele cresceu, estudou e se formou nos palácios do faraó. A terceira surpresa foi quando tentou usar a força para libertar Israel, teve que fugir do Egito para não ser morto. A temporada de mudanças começara. Do palácio ao deserto, uma mudança e tanto.

Para você que está longe do Brasil anime-se, é mais fácil encontrar presença de Deus no deserto que no conforto dos palácios, da casa dos pais, dos familiares...
O versículo adequado para esse deserto é Jeremias 33:3: " Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes - que não sabes" isso aconteceu com os maiores personagens bíblicos, desde Abraão. Prepare-se andar nos propósitos de Deus. A verdadeira prosperidade é espiritual, em decorrência dela vem a prosperidade financeira definitiva. O que Deus lhe der, ninguém vai tirar. Por isso busque a presença do Senhor - sistematicamente. Isto significa, fora com as "baladas" e amizades duvidosos que vão tirar você do alvo. Então, vamos voltar ao assunto principal.

Quarenta anos se passaram. Dos palácios do Egito para a poeira o sol do deserto e frio da noite no Sinai. Quem diria? Promessas de Deus depois de tanto tempo... não pensava mais nisso. Mas aí veio a última e grande surpresa: no terço final da sua vida, com oitenta anos, Deus aparece na sarsa ardente e convoca Moisés para voltar ao Egito e libertar o Povo de Israel. Daquela antiga força, só restava o desânimo.
-Vem Moisés e eu te enviarei! Disse Deus.


-Não Senhor, eu não sou libertador de coisa nenhuma. Não acredito mais em velhas promessas. Agora sou apenas um velho, e se eu for, o povo vai se rir de min, vão me achar um louco com uma bengala de apoio nas mãos. Não quero ir, não estou mais interessado, por mim Israel pode continuar escravo pelo resto da vida. Escolha outro para ir em meu lugar.
Nessa altura, Deus se irritou com Moisés e o forçou a descer ao Egito.


E, dois velhos gagás desceram ao Egito: Moisés com 80 anos e Arão com 83. Milhares de jovens judeus estavam lá, mas a promessa do libertador de Israel era para um velho: Moisés. Deus tinha um plano especial com Moisés - e operando Deus, quem impediria?
E o plano do Senhor para sua vida ainda está de pé.


Ao chegar no Egito, Moisés e Arão, foram primeiro convencer o povo escravo de que Deus estava atento ao clamor deles, que estava ciente daquela horrível escravidão. Tendo convencido o povo, foram ao palácio do faraó.


-Faraó, o Deus de Israel encontrou seu povo e quer que saiamos ao deserto para celebrar uma festa para Ele. E o faraó respondeu: Quem é o senhor cuja cuja voz ouvirei para deixar ir o povo? Não conheço esse Deus e não deixarei o povo ir. E disse mais faraó: Esse povo está ocioso, é por isto que inventaram essa história de celebrar festa no deserto. Antes se fornecia palha para fazer os tijolos, agora que se virem e também arranjem a palha. E a quota da produção diária dos tijolos sera exigida. Se não cumpri-la mandarei açoitar os líderes do povo. E Parem de pertubar o trabalho dos outros.

E foi assim que deu tudo errado. A escravidão piorou com os açoites e o excesso de trabalho. Assim, até o proprio povo judeu se amargurou contra Moisés, porque diziam: A espada que faltava para faraó nos matar, você Moisés, com essa história de Deus, acabou de arranjar.


E tendo Moisés ido orar e reclamar com Deus, ouviu novamente o Senhor dizer: Vai Moisés, para de reclamar e entra de novo no palácio e dize a Faraó: Deixa o povo de Israel sair da sua terra.

- Mas Senhor, se nem o povo de Israel acredita em mim, como vai me ouvir o faraó? Vai Moisés, agora vou te por por Deus de faraó e Arão, seu irmão, será o teu profeta.


E ele foi. Desanimado, desacreditado, mas foi. E falou a faraó. E a certa altura do seu encontro com faraó, três cobras rastejavam pelo chão do palácio. Uma era de Moisés e duas dos feiticeiros do faraó. E aconteceu que estando faraó e seus súditos certos do masacre, a cobra de Moisés engoliu as outras duas. E naquele dia, Moisés voltou para casa alegre e pelo caminho conversava com Arão.
-Você viu Moisés como os magos do egito também sabem transformar varas em cobras?

-Sim Arão, mas isto não me preocupa mais, porque hoje eu vi uma outra coisa.

-O que foi que você viu Moisés?


-Eu Vi que , hoje, o Senhor começou mudar minha vida. A partir do momento que as duas cobras de faraó foram engolidas, deixei de ser um velho derrotado e estou pronto para sonhar de novo, porque agora sei que o Senhor vai cumprir todas as promessas Dele em minha vida.


E foi assim que o menino do cestinho betumado veio a ser o Libertador de Israel. Aquele que depois de velho, foi escolhido e teve o privilégio, a honra, de por o pé sobre o "pescoço" do faraó - Deus do Egito - e tirar o povo da escravidão fortalecido pela mão do Senhor.

Isaías 40:30-31:
"Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os jovens certamente cairão. Mas os que esperam no SENHOR renovarão as suas forças e subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; caminharão e não se fatigarão".

Acredite sempre na próxima oportunidade.



autoria: João Cruzué

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Nas Mãos do Oleiro




 No livro de Jeremias, Capitulo 18, Deus conduz o profeta a visitar uma olaria e observar o trabalho de um oleiro. A visão do profeta, serviria de mensagem para toda nação de Israel: Deus, O Oleiro. Israel, o barro. A roda do oleiro, o tempo. A voz de Deus, foi audível, naquele lugar. O trabalho dos oleiros, na confecção de vasos de barro, nunca mudou. É o mesmo, através dos séculos. A mensagem, portanto, a ser transmitida, permanece. O que Deus, nos fala através dessa metáfora?

O Barro: Em seu estado bruto, não serve para manuseio, na roda de oleiro. Precisa, passar por todo um processo, se tornar elástico, para modelagem: Colhe-se o barro, penera, mistura com água, deixa de molho (para livrar das impurezas) e é pisado até sair todas as bolhas de ar(enfraquecem o vaso na hora de passar pelo forno). No forno, o barro, enfim, se torna mais resistente.

O Vaso: Do barro fomos criados (Gn 2:7) e ao barro tornaremos (Ec 12:7). Vivemos, portanto, para o objetivo de sermos levados "a casa do Oleiro". Um digno destino. A olaria, simboliza, o Reino de Deus.

Algumas porções de barro, se tornam, "vasos de honra" (II Tm 2:21). Carregam tesouros (IICor 4:7). Algumas, vasos de desonra (Rm 9:21): Passaram pelo Oleiro, porém, estão a carregar coisas impuras, ilícitas, produtos de roubo, morte e destruição. Relaciono estes, aos apostatas, pessoas que deixaram "o primeiro amor", no afã de se tornarem, servos de Mamon. Vasos de desonra.



Ainda existe, um terceiro e triste destino para um vaso: ser quebrado. "...Deste modo quebrarei eu a este povo, e a esta cidade, como se quebra o vaso do oleiro, que não pode mais refazer-se..." Jr 19: 11. A quebra do vaso, pelas mãos de Jeremias, tinha o propósito de alertar as pessoas de seus graves pecados. Simbolizava julgamento. Israel, passara, de vaso de honra, para desonra e por fim seria destruída. A utilidade (ou inutilidade) do vaso, define sua longevidade. Que tipo de vaso, estamos sendo?

O ser humano, pecador, cheio de impurezas, barro, no estado bruto, chega a "Olaria" para ser trabalhado. Somos escolhidos (At 9:15), purificados (Jo 17:17), provados (Sl 11:5) e aprovados (IITm 2:15).

O Oleiro: Com destreza e paciência, molda o barro, que, na roda de oleiro, é totalmente dependente D'Ele. Se deixa moldar. Se, ao tomar forma de vaso, o barro, se despedaçar, O Oleiro, torna a juntar a massa e faz outro vaso, ainda melhor. Ele não abandona o vaso, despedaçado em suas mãos.

Deus, anseia que entremos na olaria, no Seu Reino. Só assim o barro ganha forma. Um material, pobre e fácil, tornado excelente. "Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro para que a excelência do conhecimento seja de Deus e não de nós" II Cor 4:7. Um paradoxo: Seres humanos, frágeis, tornando-se instrumentos nas mãos de Deus.E nesse processo, Ele perdoa, a todo que se fizer servo. Ele revigora as forças do abatido, animando-o a prosseguir. Como o vaso, que quebra na roda de moldar e recebe nova vida.

Que Deus em Cristo, nos faça recordar, sempre, que eramos barro, destinados a perdição: Arrastados pela água, ressecados pelo sol, levados pelo vento. O Oleiro, nos recolheu. Entregues em suas mãos, nos tornamos vasos. Moldados para o serviço. Louvado seja O Oleiro!

Por:Wilma Rejane

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Encontro Fogo consumidor




Vem aí o Grande Encontro Com Deus ''FOGO CONSUMIDOR'' realizado pela Igreja Evangélica do Encorajamento.
Dia 16,17 e 18 de Novembro Encontro de Mulheres. 
Dia 14,15 e 16 de Dezembro Encontro de Homens.
 São 3 dias de um verdadeiro encontro com o Espirito Santo de Deus. 
 Saída a Sexta a Noite e Retorno ao Domingo.
A taxa de inscrição vai ser no valor de 85,00 reais.
 Venha Participar, VAI SER TREMENDO......

A pecadora que ungiu os pés de Jesus



A passagem é descrita unicamente no Evangelho de Lucas, capitulo 7, versos 36 a 50. Uma mulher sem nome, que entrou para história por ter ungido os pés do Mestre Jesus, enquanto lágrimas desciam de seu rosto, misturando-se ao óleo, ao que ela carinhosamente enxugava com seus cabelos. A tradição diz que essa mulher era Maria Madalena, mas não há comprovação de que realmente seja. Muitos, ainda, dizem que a mulher seria a mesma de Marcos 14:3-9, Mt 28 e João 12-1-8. E por muito tempo, também pensei dessa forma, até estudar cuidadosamente e sem sombra de dúvida, constatar que Maria, irmã de Lázaro que ungiu a cabeça e o corpo de Jesus, em um jantar em Betânia, profetizando sua morte, nada tem a ver com a prostituta arrependida de Lucas 7. A semelhança está no ato de Maria, também ter ungido os pés de Jesus e enxugado com seus cabelos. Quando fez isso, estava em casa de Simão, o leproso, pai de Judas Iscariotes. A mulher , chamada de prostituta, estava em casa de um fariseu, coincidentemente, também chamado de Simão. Se dissermos que as passagens falam da mesma mulher, então estaremos afirmando que Maria, irmã de Lázaro (o ressuscitado) era prostituta, o que não procede.




Mas deixemos a identidade da mulher em oculto, seu nome e sua parentela talvez nem dissesse quem de fato ela era. O encontro que teve com Jesus, esse sim definiu toda sua vida e marcou uma nova identidade. Nem diria “nova identidade”, mas a que se havia perdido, pelas escolhas que fizera, pelos caminhos que andava, enfim pela vida que levava. Ao arrepender-se, ela torna-se aquilo que Deus idealizou para ela. Uma mulher livre, capaz de andar em qualquer lugar de cabeça erguida, de testemunhar sobre ser “nova criatura em Cristo Jesus” II Cor 15:17. Essa mulher disse muito, sem dizer uma palavra! Seus gestos foram capazes de despertar a atenção de Jesus e de fazer com que Ele a recebesse em Seu Reino, dizendo as mesmas palavras que disse a mulher que fora curada do fluxo de sangue: “ A tua fé te salvou, vai em paz”. E esse "salvou" no grego é “sozo” (stong 4982) : sarar, preservar, manter seguro, resgatar do perigo. Uma palavrinha tão pequena, com tão grandes significados! Em algumas culturas “sozo” simplesmente se traduz como: “dar uma nova vida”, “trocar o coração”, aleluia! Assim Jesus disse: Vai mulher, estás segura do perigo, livre da morte eterna, sarada, preservada, com nova vida, novo coração! Onde mais encontraríamos tão grande conforto e refrigério?




A pecadora que ungiu os pés de Jesus, adentrou na casa do fariseu Simão sem ser convidada e discreta e silenciosamente se agachou junto aos pés de Jesus. Abriu seu pequeno frasco de alabastro (feito de gesso ou semelhante) e derramou suavemente o óleo sobre a pele de Jesus, espalhou com as mãos e recostou sua cabeça juntinho a Ele, especialmente sua face molhada de lágrimas que caiam incessantemente. E quando já não podia enxugar os pés do mestre , pois mãos e rosto estavam bem molhados, ela usa os cabelos como se fosse um lenço. Que bela cena! Quanta gentileza e amor de Jesus por não se sentir incomodado com a ação. Pelo contrário, Ele compreende perfeitamente a grandeza de cada gesto, o significado de cada lágrima, o deslizar do óleo que simbolizava exatamente o bálsamo curador da alma daquela mulher, outrora tão desprezada e infeliz! Óleo ajuntado sob lágrimas de arrependimento. Jesus estava no coração daquela mulher, que já não era pecadora, pois estava ali, implorando perdão. Suspirando por misericórdia. Ela viu em Jesus o amor que não havia visto em nenhum outro lugar. Cansada de tantos relacionamentos e homens carnais, ela enfim encontrara descanso, um lugar para deixar o pesaroso jugo e seguir em frente.





Fazendo um breve resgate dos costumes da época em Israel, as mesas eram dispostas com três largos sofás ao seu redor. Um dos lados da mesa, ficava livre para que os servos pudessem trafegar com tranquilidade ao servir as refeições . Essa arrumação era herança romana, chamada triclinium. Sendo assim, os pés dos que estavam à mesa, ficavam livres. A mulher, então, pôde sem impedimento chegar aos pés de Jesus. Depois dessa descrição de costumes, fica fácil compreender a passagem: “E estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas e os enxugava com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés e ungia-os com o bálsamo.” Lc 7:38.


Vejam, Simão convida Jesus para jantar e não faz para Ele, às honras comuns dedicadas a um convidado.





Lucas 7:44- Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas esta com suas lágrimas os regou e com seus cabelos os enxugou.

Lucas 7:45 Não me deste ósculo; ela, porém, desde que entrei, não tem cessado de beijar-me os pés.

Lucas 7:46 Não me ungiste a cabeça com óleo; mas esta com bálsamo ungiu-me os pés.

Lucas 7:47 Por isso te digo: Perdoados lhe são os pecados, que são muitos; porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama.







O fato é que o fariseu ficou incomodado com a presença da mulher, seu modo de tratar Jesus e a não reação Dele. Ela não era digna, será que não percebia isso? Jesus leu os pensamentos maldosos e preconceituosos de Simão, mas o fariseu foi incapaz de saber o que se passava no íntimo da pecadora arrependida. Ninguém compreende tão bem um coração carente e amoroso quanto Jesus. Ninguém sabe julgar perfeitamente e além da aparência, somente Ele! Podemos nos enganar sobre o que seja bom e justo. O fariseu se achava superior a mulher que ungia os pés de Jesus. Ele tinha uma vida social estável, pertencia a elite religiosa local, tinha influência. Aos seus próprios olhos, justo. Mas existia uma diferença essencial entre o fariseu e a pecadora arrependida. Jesus estava sentado à mesa da casa de Simão, quanto à pecadora; Jesus estava em seu coração. Eis a diferença de um cristão para um fariseu: o lugar que cada um reserva para Jesus em suas vidas. O homem, não é justo por si mesmo, mas em Cristo se torna justo: “Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada.” Gálatas 2:16.


A mulher amava a Jesus acima de tudo, não teve medo do que iria enfrentar por sua fé. Diz I João 4:18 “ O verdadeiro amor lança fora todo o medo”, acho mesmo que esse versículo pode ser usado com fins impróprios, mas não é esse o caso. Verdadeiramente ele se aplica a situação da pecadora que ungiu os pés de Jesus, ela não teve medo de entrar na casa de Simão sem ser convidada e prestar honras a um homem que tinha certeza ser o Messias Salvador. Ela foi corajosa, mais que isso, ela muito amou. E assim Jesus a descreve para os presentes: “uma mulher que amou por demais porque teve uma grande dívida perdoada” Lucas 7:47. Simão amou pouco a Jesus, e amou demais o mundo. Ele teve receio de tratar Jesus bem demais e ser criticado por seus colegas de religião, ele teve medo de demonstrar amor. E se isso aconteceu, é porque o medo venceu , o amor perdeu. Simão é o típico exemplo de pessoas que confessam ser cristãs por conveniência. Convidam Jesus para suas mesas, mas não O deixam entrar em seus corações e nos demais recintos da casa.


A mulher que ungiu os pés de Jesus, estava visivelmente grata por tudo e prestou - Lhe uma adoração sincera. Os gestos dela, repletos de amor e simplicidade, impressionaram a Jesus muito mais que o jantar de luxo oferecido por Simão. Com um frasco de unguento, ela unge os pés de Jesus. Por que os pés? Já me perguntei tantas vezes, já que a unção sacerdotal era sobre a cabeça. Quem sabe, para retribuir o conforto de andar em um novo Caminho, de não mais pisar os pés em lugares inseguros e escuros. Quem sabe, para proporcionar descanso a Jesus, pelas muitas caminhadas feitas salvando vidas, nas quais ela se incluía. Um descanso que ela experimentava agora. Não nos é dado o valor do unguento, mas certamente foi ajuntado com zelo e guardado com muito cuidado para a ocasião. Que nós também, possamos ter zelo com nosso culto, nosso relacionamento com Deus. Que tenhamos momentos de derramar lágrimas e agradecer com todo o coração por tudo que Jesus é. Que agradar aos homens não seja mais importante em nossas vidas, do que agradar a Deus.

Em Cristo, Aquele que veio para nos salvar.



Wilma Rejane.