terça-feira, 18 de novembro de 2014

SUA CÉLULA É ‘CRISTOCÊNTRICA’?

 Conservemos os nossos olhos fixos em Jesus, pois é por meio dele que a nossa fé começa, e é ele quem a aperfeiçoa. Hebreus 12:2

Que líder nunca se pegou aflito preparando os detalhes da reunião da célula? Ou então, quem nunca se descabelou buscando diversas estratégias e lançando diversos apelos para que os membros trouxessem convidados?
 
Quem nunca se encheu de orgulho e de alegria por ver a sua célula cheia de membros e de visitantes? Quem é o líder de célula que já não se pegou gastando horas se avaliando, em crise, ou entristecido por não conseguir a aprovação ou o reconhecimento por algo que fez?
 
Tudo isso é bastante comum e normal no nosso cenário cristão hoje em dia, mas se refletirmos sobre esse nosso comportamento tão carnal e humano, uma pergunta deve aparecer em nossa mente e lá ecoar: “Será que a minha célula é realmente ‘Cristocêntrica’ ou estamos destacando demais as coisas naturais e nos esquecendo do que – ou melhor, de quem – mais importa?”
 
É bastante óbvio que precisamos sim nos atentar a detalhes de arrumação, eventos, estratégias para trazermos visitantes e etc., pois essas coisas são ferramentas poderosas que podem e devem ser usadas em prol do Reino, porém o maior problema disso é quando supervalorizamos algumas coisas e deixamos Cristo em segundo plano.
 
Pode parecer um absurdo, mas sim, nós temos uma incrível facilidade para deixarmos Cristo de lado e tratarmos a sua presença, a sua glória e o seu espírito apenas como objetos a serem usados, e o pior de tudo, de forma descartável.
 
Imaginem comigo: um grande e amado amigo nosso está fazendo aniversário, todos da célula se movimentam para fazer uma super festa, compram o bolo, os salgados, as bebidas, fazem uma bela decoração no ambiente, compram presentes, enviam convites, trazem muitos visitantes para aproveitar a comemoração e botam uma boa música, tudo muito bom e legal de ser feito, a festa está quase completa…
 
Mas de repente o organizador do evento se lembra de que se esqueceu de avisar o aniversariante! Opa! Isso com certeza seria constrangedor! Uma grande falha, fazendo com que toda aquela festa perfeita que estavam preparando se tornasse algo sem sentido e incoerente, não é mesmo?
Toda arrumação, o esforço e os investimos se tornariam sem propósito e sem necessidade: O mais importante, a razão e a causa de tudo aquilo não está lá. A questão é que lamentavelmente cometemos incontáveis vezes esse mesmo erro em nossas células e em nossas reuniões. Se tratando de célula, é claro que devemos saber preparar festas ótimas, mas muito mais importante é garantir que o aniversariante estará lá.
 
É muito normal, pelo estilo de vida que essa cultura vigente nos condiciona a levar, que coisas do tipo aconteçam, somos todos humanos e falhamos às vezes mais do que acertamos, entretanto, ter Jesus como o centro da nossa célula não é um luxo, mas uma obrigação do líder.
 
Precisamos entender o mais rápido possível que, primeiramente, quem deve ser agradado, honrado e buscado é Jesus Cristo, o nosso Senhor. Não podemos jamais cair no engano de achar que comida, boa música, boa palavra, bom ambiente, boas pessoas ou até mesmo um bom líder conseguirão atrair as pessoas até o pequeno grupo e as fazerem ficar.
 
As pessoas aí fora estão sedentas por algo novo, famintas pelo alimento espiritual, estão procurando intensamente algo que as preencha, as complete, as cure e as salve, e, neste caso, nem líder e nem evento servem.  
 
Todas essas coisas naturais podem satisfazer nossa alma, nosso ego, nossa vontade, nossos olhos, nosso corpo, mas só a Presença de Jesus satisfaz plenamente o nosso espírito.
 
Creio que como líder precisamos passar alguns momentos mergulhados em intimidade com o Pai, refletindo e buscando revelação para confirmarmos se realmente estamos priorizando Jesus em nossa célula, se Ele conduzindo nossas reuniões é o nosso alvo ou se os membros, os visitantes, a comunhão, os números, a diversão e até a multiplicação não estão tomando o lugar do Rei e se tornando as prioridades em nosso pequeno grupo.
Fato é que temos a tendência de depositarmos toda a nossa fé e confiança em coisas naturais (coisas que vemos, que ouvimos e que tocamos) por uma ilusão de que estas coisas farão da nossa célula melhor, mais cheia, mais “alegre”, descontraída e legal, quando na verdade só uma coisa é tão importante e necessário ao ponto de gastarmos todas as nossas energias e esforços na busca pra alcança-la: Jesus como o centro de tudo.
 
Aprendi a duras penas, depois de muito tempo, que nada – absolutamente nada – vale tanto a pena quanto a presença de Deus. Por mais que nós sejamos legais, simpáticos, amorosos, amigos, por mais que a comida seja boa e a comunhão farta, por mais que o ambiente esteja decorado e o evento seja super bem planejado, por mais que a palavra seja ótima e que o ministrante a faça com muita eloquência e carisma, por mais que o louvor arrebente e as pessoas sintam “calafrios e sensações” durante a música, por mais que chorem, que riam, que pulem, que dancem, que se abracem, que orem um pelos outros ou qualquer coisa do tipo, o que realmente vale a pena no final de tudo, o que realmente transforma vidas, o que realmente fortalece a nossa fé, o que realmente faz com que os visitantes voltem, o que realmente nos transforma em homens e mulheres segundo o coração de Deus é a sua Presença no nosso meio com liberdade e com toda a autoridade. É Ele ter tanta autoridade, liberdade, destaque e honra até que possamos reconhecer que Cristo é o centro de tudo.
 
Se hoje você é um líder a pouco tempo (ou até a muitos anos), se eu tivesse a oportunidade de te dar um conselho no qual você poderia basear toda a sua liderança e todas as reuniões da sua célula, com certeza seria: Deixe com que Jesus seja o centro, o começo e o fim, considere a sua Presença e a dê o seu devido valor, não fique gastando mais energia com coisas naturais do que com o Jesus real.
 
Seja desesperado para tê-lo por perto e todas as coisas acontecerão bem. Não deixe o nosso Rei em segundo plano em nada, nem busque agradar excessivamente o homem. Olhe pra Cristo e deixe com que Ele ocupe o centro, tanto das atenções, como o da mensagem, da dinâmica, do louvor, da liderança e todo o resto.
 Então lhe disse: Se tu mesmo não fores conosco, não nos faças subir daqui. Êxodo 33:15

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Por que as pessoas recebem feridas na alma?

Feridas


As razões podem ser várias, mas apresentamos aqui algumas que temos observado no nosso exercício pastoral, tanto no Brasil como no Japão.

1. Por não estarem ainda cheias do amor ágape do Senhor Jesus

Este amor faz toda a diferença na vida de uma pessoa. Ele não é um sentimento na alma, mas um fluir sobrenatural do Espírito Santo de Deus, que move a nossa vida em direção a Deus. Encher-se desse amor afasta a dor e restaura a alma ferida.

2. Por serem vítimas da baixa autoestima

Esta autoestima distorcida vem pela falta de compreender e experimentar tudo que somos em Cristo, a nossa verdadeira posição espiritual. Corrija a autoestima e você estará em pleno processo de cura e alegria.

3. Por estarem procurando afirmação mais nas pessoas do que em Deus

Cada um de nós tem um valor imenso, porque somos amados por Deus tremendamente. Quando deixamos que esse amor se comunique à nossa alma e ao nosso coração, a afirmação de que somos filhos e herdeiros nos inunda, e descansamos na certeza de que nosso Pai tem tudo sob controle, e que Ele nos guarda e nos protege em todos os momentos e circunstâncias.

4. As feridas podem não ser nossa culpa, mas devemos ter cuidado com as reações

As feridas podem ser causadas pelo diabo ou por pessoas, com ou sem a participação direta dele. Muitas vezes não somos culpados pelas feridas que nos infringem, nem isto constitui pecado em si mesmo, mas as nossas reações podem ser pecaminosas: podemos pecar reagindo com o nosso falar, com nossas ações, guardando mágoas, arquitetando vinganças, etc. Devemos evitar essas armadilhas!





Extraído da Revista MDA Ano I – Nº 03/2014. Texto de Timóteo e Christine Huber – Feridas transformadas em fontes de graça. Tim e Christine são Missionários no Japão.

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quarta-feira, 26 de março de 2014

A Glória Vem Quando se Remove o Véu


A transformação só acontece com o rosto desvendado. Se não “tirarmos a máscara”, seguramente o poder transformador operado pelo Espírito Santo não irá se manifestar:

“E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.”
2 Coríntios 3.18) 

Você já percebeu a intensidade e a velocidade de transformação que se dá na vida de um novo convertido? Porém, em algum momento na caminhada, o processo de transformação e mudança de vida começa a estagnar. E não é porque o processo – de se conformar com a imagem de Jesus – já tenha se completado!

Depois de mais de vinte anos de ministério, observando o comportamento dos cristãos, posso dizer que isso é um fato. A transformação na vida dos crentes em geral parece perder sua força com o passar do tempo. E penso que uma das grandes razões para isso é que, no início da vida cristã, após a conversão, todos reconhecem as áreas que precisam tanto de mudança e se alegram por toda transformação alcançada (e até testemunham). Porém, depois de um tempo e de muitas vitórias alcançadas, quando o crente começa a ser reconhecido pelos seus irmãos como alguém mais maduro e espiritual, a tendência é não ser mais tão transparente ou sincero a respeito das falhas. E isso vem desde os tempos bíblicos!

Observe, por exemplo, o que aconteceu quando a Palavra de Deus foi pregada em Éfeso:

“E muitos dos que haviam crido vinham, confessando e revelando os seus feitos. Muitos também dos que tinham praticado artes mágicas ajuntaram os seus livros e os queimaram na presença de todos; e, calculando o valor deles, acharam que montava a cinquenta mil moedas de prata. Assim a palavra do Senhor crescia poderosamente e prevalecia.” (Atos 19.18-20)

Por que a Palavra de Deus crescia e prevalecia em Éfeso?
Não foi apenas porque foi pregada, e sim, porque as pessoas, depois de receberem a pregação, reconheciam e até mesmo confessavam publicamente os seus pecados! Estude cada avivamento na história e você descobrirá que houve confissão de pecados. Este é o ponto. Quando as pessoas reconhecem suas fraquezas, o poder do Espírito Santo pode se manifestar nelas. Isso é doutrina bíblica!

Deus só opera o seu poder transformador quando reconhecemos as áreas problemáticas, e apenas naquela área que admitimos nossos pecados. Veja o que aconteceu com o profeta Isaías quando teve uma visão do Senhor no templo:

“Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniquidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado”. (Isaías 6.5-7)

Já ouvi muitas vezes a pergunta: “qual o mistério do toque na boca?” E sempre respondo que não há nenhum mistério; foi a oração que o profeta fez reconhecendo impureza em seus lábios. Se a oração de Isaías fosse “sou um homem de olhos impuros”, então o toque santificador viria sobre os olhos. Meus filhos, em um de nossos cultos domésticos, afirmaram que, seguindo essa lógica, alguns crentes precisam de um “banho de brasas”!

Essa é uma verdade bíblica incontestável. Deus só age nas áreas em que reconhecemos nossos pecados. O Senhor Jesus ensinou sobre este princípio:

“Achando-se Jesus à mesa na casa de Levi, estavam juntamente com ele e com seus discípulos muitos publicanos e pecadores; porque estes eram em grande número e também o seguiam. Os escribas dos fariseus, vendo-o comer em companhia dos pecadores e publicanos, perguntavam aos discípulos dele: Por que come [e bebe] ele com os publicanos e pecadores? Tendo Jesus ouvido isto, respondeu-lhes: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes; não vim chamar justos, e sim pecadores.” (Marcos 2.15-17) 

Quando, nesta alegoria, Jesus se compara a um “médico”, está falando de si como Salvador; quando fala do “doente” (que precisa da cura do médico) está falando do pecador (que precisa do perdão do Salvador). Porém, quando fala do “são”, não está se referindo a alguém que, por ser justo não precise do Salvador, pois as Escrituras abordam este assunto com clareza: “como está escrito: não há justo, nem sequer um” (Rm 3.10). Se não há ninguém que possa ser justo sem Cristo, quem é esse “são” que não precisa de médico na parábola contada por Jesus? O texto não fala de alguém que seja realmente “são” (justo), mas de alguém que, porque acha que é justo, não reconhece a necessidade do Salvador. Ou seja, não há salvação sem arrependimento e reconhecimento de pecados.

E assim como na conversão, este princípio permanece em toda a vida cristã. Quando desvendamos o rosto, somos transformados. Quando dissimulamos, aparentando não ter pecado algum, a transformação simplesmente não pode acontecer. O Espírito Santo só manifestará seu poder transformador naquelas áreas que expusermos a Ele de forma sincera e honesta. Porém, além de reconhecer fraquezas diante de Deus (que já sabe delas, quer a gente admita ou não), também vejo a necessidade de fazermos isso diante dos homens.

Há uma diferença entre confessar seus erros a Deus e fazê-lo aos homens. Podemos afirmar que o perdão vem com a confissão do pecado a Deus; mas a cura vem com a confissão do pecado aos homens:

“Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo. (Tiago 5.16)

Extraído do Artigo “Rosto Desvendado” – Luciano Subirá em www.orvalho.com

terça-feira, 25 de março de 2014

O que sua mão direita fez a esquerda não precisa saber

Quando você der alguma coisa a um necessitado, não fique contando o que fez, como os hipócritas fazem nas casas de oração e nas ruas. ... Mas... faça isso de tal modo que nem mesmo o seu amigo mais íntimo saiba o que você fez. S. Mat. 6:2 e 3
Perguntaram certa vez a Ernest Shackelton, famoso explorado
r britânico da Antártica, qual tinha sido o momento mais terrível que ele passara no continente gelado. Alguém poderia pensar que ele contaria a história de alguma terrível nevasca polar, mas não foi isso. Contou que seu mais terrível momento veio certa noite quando ele e seus homens estavam amontoados numa cabana de emergência, tendo sido distribuídas as últimas porções de alimento.Enquanto seus homens dormiam profundamente, Shackelton permanecia acordado, com os olhos semicerrados. De repente, viu um movimento sorrateiro de um de seus homens. Espiando naquela direção, ele viu que o homem furtivamente ia na direção de outro e retirava um pacote de biscoitos da mochila de seu companheiro. Shackelton ficou chocado! Até aquele momento, ele teria confiado a própria vida àquele homem. Agora tinha suas dúvidas.Mas então, enquanto observava, percebeu que o homem abria seu próprio pacote de biscoitos, tirava de lá o último bocado de alimento, colocava-o no pacote do outro homem e o recolocava na mochila do companheiro.Ao narrar a história, Shackelton disse: "Não ouso dizer o nome daquele homem. Acho que seu gesto foi um segredo entre ele e Deus."É assim que acontece com o tipo de amor de que a Bíblia fala. Ele não realiza boas obras para ser visto pelos homens. Henry Drummond, grande pregador inglês, disse: "Depois de ter andado pelo mundo inteiro fazendo suas belas obras, o amor se esconde, até de si mesmo."O coração humano anseia por reconhecimento. Não deseja que permaneçam ocultas as suas boas ações - e é aí que muitos caem na armadilha de Satanás! Depois que Deus efetua em nós "o realizar, segundo a Sua boa vontade" (Filip. 2:13), o tentador aparece e nos leva a vangloriar-nos das maravilhosas coisas que fizemos.Qual é a solução? Nunca pare para vangloriar-se. Fixe a mente em Jesus e continue a permitir que Deus efetue Sua boa vontade através de você.Prova ConvincenteNisto conhecerão todos que sois Meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros. S. João 13:35.
Quando eu era adolescente, resolvi deixar minha marca no mundo como artista. Meu pai havia recentemente adquirido uma Bíblia em três volumes, ilustrada por Paul Gustave Doré, e aquelas ilustrações tiveram peso importante na minha decisão.Doré obteve fama com as suas gravuras de personagens religiosos e históricos. Passei horas estudando as técnicas dele e, embora meu interesse pela arte se desvanecesse com o tempo, ainda guardo vívidas imagens mentais daqueles desenhos.Certa ocasião, viajando pela Europa, Doré perdeu seu passaporte. Quando ele chegou à alfândega seguinte, o guarda lhe pediu os documentos de viagem. Doré tentou explicar o que tinha acontecido.- Eu sou Paul Gustave Doré - disse ele - e perdi meu passaporte. Apreciaria que fizesse a gentileza de deixar-me passar. Tenho de atender a compromissos importantes.- Não tente fazer-nos de bobos - disparou o guarda. - Você não é a primeira pessoa que perde o passaporte e tenta fazer-se passar por alguém importante.Doré suplicou a compreensão do guarda, mas em vão. Finalmente, um oficial aproximou-se e disse:- Se o senhor é realmente Doré, tome este lápis e papel e desenhe aquele grupo de camponeses ali.Dentro de alguns minutos, o grande artista produziu uma figura de semelhança impressionante com o grupo. Mesmo antes de concluído o desenho, o oficial, convencido de que aquele era realmente o famoso artista, permitiu-lhe a entrada no país.Algumas pessoas, hoje, tentam fazer-se passar por cristãs, mas falta-lhes o amor fraternal que, segundo Jesus, caracterizaria Seus seguidores. Os cristãos primitivos viveram numa época em que a prática do cristianismo podia significar o martírio, mas ainda assim demonstravam o seu amor fraternal, arriscando a vida para ajudar seus irmãos perseguidos; em alguns casos, obtinham inclusive a relutante admiração dos perseguidores. Tertuliano, um escritor cristão do segundo e terceiro séculos, citou a declaração de um oficial pagão desta maneira: "Veja como esses cristãos se amam uns aos outros."O amor fraternal não é um manto que se "veste" para convencer os incrédulos, mas uma qualidade que brota naturalmente de um coração amorável.
Em nosso versículo, Paulo declara que ele nutria tanto amor pelas almas dos crentes filipenses como Jesus. Você e eu precisamos de mais desse tipo de amor pelas almas.Certa ocasião, no tempo da Sociedade de Amigos, um membro da seita dos quacres cavalgava por um urzal quando ouviu o som de cascos de cavalo atrás de si. Num momento, um salteador o alcançou e, apontando-lhe a pistola, exigiu:- O dinheiro ou a vida!Sem hesitar, o quacre puxou sua carteira e entregou-a ao homem.- O senhor tem um belo cavalo - observou o ladrão. A seguir ordenou: - Desça! Vou levá-lo.Calmamente, sem uma palavra de protesto, o quacre desmontou e o ladrão trocou de cavalo. Enquanto o salteador se virava para ir embora, o quacre se colocou na frente dele e, segurando as rédeas, começou a falar.- Como é que pode - observou ele com terna sinceridade - um homem criado à imagem de Deus, ser feliz vivendo uma vida de crime e violência? Arrependa-se, meu amigo, antes que seja tarde demais!O assaltante tirou a pistola e, apontando-a para a cabeça do quacre, rosnou:- Como se atreve a me pregar um sermão, seu... Mais uma palavra, e vou abatê-lo aí mesmo.O quacre nem piscou.- Amigo - disse ele sorrindo - eu sei muito bem que poderia matar-me. Eu não arriscaria a vida para salvar minha carteira ou meu cavalo, mas alegremente a entregaria se pudesse salvar a sua da condenação eterna!Sem uma palavra, o assaltante colocou novamente a pistola no coldre, saltou do cavalo do quacre e o devolveu, juntamente com a carteira. Depois, montando em seu próprio cavalo, foi embora dizendo:- Se a sua preocupação por minha alma é tanta, não vou levar nada.Embora sem ter certeza, podemos esperar que a mudança de idéia do assaltante tenha produzido também uma mudança de coração. Mas uma certeza podemos ter: se demonstrássemos tanto interesse por uma alma como aquele quacre, veríamos muito mais milagres da graça hoje em dia.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Paixão gera Multiplicação

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Se você não é apaixonado pelo que faz, dificilmente irá longe com isso. Na estratégia de Célula não é diferente. Estar motivado, empolgado, entusiasmado e apaixonado é umas das características dos que obtiveram sucesso.

Não somos especialistas em Células, nem profundos conhecedores, ou mesmo alguém que julga ter uma grande experiência (um pouco de experiência, talvez), mas podemos afirmar uma coisa: Só uma pessoa que ama, e é apaixonada pela visão de Célula tem êxito nessa visão.

Queremos ser lembrados como líderes que acreditam e que estão sempre empolgados com a visão da igreja nos lares. Cremos que é exatamente isto que vai fazer a grande diferença.

Na verdade, a paixão vai determinar, mais do que imaginamos, o nosso sucesso ou fracasso. O que importa não é se você tem vasto conhecimento do assunto, se já leu muitos livros, ou se participou de muitas conferências sobre o tema. O que importa é se você ama a visão e acredita de todo o coração que Célula está no coração de Deus, e que é o Seu desejo para a igreja de hoje. Ser um líder empolgado é fundamental para dar certo.

Deus criou o homem como um ser motivacional. Nós funcionamos melhor quando estamos motivados. Um homem não realizará nada sem motivação, assim como o barco não navega sem o motor, e um balão não sobe sem gás. Na verdade, a motivação é uma condição exigida para a experimentarmos o êxito e avançarmos em Deus.

Precisamos estar motivados para cumprirmos o propósito profético de Deus e assim glorificamos a Deus com a nossa vida. A motivação é para todos nós a força geradora em nossas realizações. Uma pessoa motivada vai a qualquer lugar e faz qualquer coisa. Em contrapartida, o oposto também é verdade. Isto se aplica a tudo na vida, inclusive ao trabalho que fazemos para Deus.

A motivação foi critério primordial na vida e no chamado de muitos homens na Bíblia. Veja alguns exemplos:

1. O exemplo de Josué: A primeira coisa que Deus teve que fazer foi lidar com a questão da motivação de Josué (Josué 1.1-9):
“Depois da morte de Moisés, servo do Senhor, disse o Senhor a Josué, filho de Num, auxiliar de Moisés: Meu servo Moisés está morto. Agora, pois, você e todo este povo, preparem-se para atravessar o rio Jordão e entrar na terra que eu estou para dar aos israelitas. Como prometi a Moisés, todo lugar onde puserem os pés eu darei a vocês. Seu território se estenderá do deserto ao Líbano, e do grande rio, o Eufrates, toda a terra dos hititas, até o mar Grande, no oeste. Ninguém conseguirá resistir a você, todos os dias da sua vida. Assim como estive com Moisés, estarei com você; nunca o deixarei, nunca o abandonarei. Seja forte e corajoso, porque você conduzirá esse povo para herdar a terra que prometi, sob juramento, aos seus antepassados. Somente seja forte e muito corajoso! Tenha o cuidado de obedecer a toda a lei que o meu servo Moisés lhe ordenou; não se desvie dela, nem para a direita nem para a esquerda, para que você seja bem sucedido por onde quer que andar. Não deixe de falar as palavras deste Livro da Lei e de meditar nelas de dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo o que nele está escrito. Só então os seus caminhos prosperarão e você será bem sucedido. Não fui eu que lhe ordenei? Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar.”

2. O exemplo de Gideão: ”O Senhor é contigo, homem valente” (Juízes 6).

3. O exemplo de Elias: ”Sai da caverna”. O Senhor não pode fazer nada enquanto permanecemos desanimados (I Reis 19).

4. O exemplo de Timóteo: (II Timóteo 1. 6-7):
“Por essa razão, torno a lembrar-lhe que mantenha viva a chama do dom de Deus que está em você mediante a imposição das minhas mãos. Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio”.

Quando perdemos a motivação, perdemos a escalada para o sucesso.

COLOQUE MAIS ENTUSIASMO EM SUA VIDA!

O que fazer quando perdemos a motivação, a empolgação, o entusiasmo e a paixão? Em inglês usa-se a expressão burnout para descrever quando uma pessoa se encontra no estado de total desânimo.

Algum tempo atrás estudamos sobre o que leva uma pessoa a perder o entusiasmo por algo tão empolgante, e chegamos ao seguinte entendimento: A perda da motivação ocorre por vários fatores, e não vamos adentrar nesse mérito agora, porém, uma das razões é o que chamamos de quebra de princípios. Se seguirmos quebrando princípios na nossa vida, mais cedo ou mais tarde, o motor vai fundir e vai “bater biela”.

Aprendemos que seguir e obedecer alguns princípios é a grande sacada para colocar mais entusiasmo na vida e manter-se sempre entusiasmado, além de ser a melhor maneira de resgatar o entusiasmo perdido.

DICAS PARA OBSERVAR AO LONGO DA VIDA QUANTO À MOTIVAÇÃO

Cultive diariamente o hábito de uma boa vida devocional com o Senhor
Desenvolva um tempo regular de adoração, e você com certeza será refrigerado. Não existe nada mais poderoso do que isso. Exemplo Davi em Ziclague (I Samuel 30).

Descubra para quê Deus o criou
Quem não sabe para quê foi criado, vive uma vida monótona e sem graça. Você sabe o que Deus lhe chamou para fazer? Quem não sabe o que precisa ser feito, não tem empolgação para fazê-lo. Noé tinha uma arca para construir; Moisés devia libertar o povo e levá-lo para Canaã; Josué precisava conquistar a terra; Calebe queria tomar Hebrom; Ester, salvar os judeus; Neemias, reconstruir os muros. E você?

Aprenda a se desvencilhar do peso ministerial e circunstancial
Aprenda a lançar todo peso e ansiedade ao Senhor. Lembre-se do cântico que diz: “É meu, somente meu, todo trabalho, e teu trabalho é descansar em mim”. Não seja um crente Maguila, que só vive em luta.

Mantenha equilíbrio entre vida ministerial, trabalho, estudo e família
Separe um tempo semanal para lazer com sua família, longe do seu lugar de trabalho. Descubra seu passatempo favorito e gaste algumas horas por semana. Procure envolver seu cônjuge também.

Não esqueça que você não é o salvador do mundo
Não tente ser Deus na vida das pessoas. Seu papel como líder não é resolver os problemas de todas as pessoas debaixo da sua liderança. Nunca esqueça que ninguém muda ninguém! Portanto, não tente ser Deus para mudar seu cônjuge, suas ovelhas, seus discípulos. Apenas fale com quem pode e sabe mudá-los.

Tenha pelo menos um amigo íntimo
Pode ser o seu discipulador e mentor, mas alguém com quem você possa compartilhar sua vida intimamente, seus pecados e suas tentações. Pecado não confessado, para quem teme a Deus, é o maior dreno do entusiasmo.

Confesse seus pecados
Seja transparente com sua liderança sobre os seus sentimentos, suas tentações e pecados. Nada deixa a vida mais pesada e sem sabor do que pecados não resolvidos. Nada drena mais nosso ânimo e vigor do que pecado escondido.

Leia livros de inspiração e ouça mensagens e pregações de encorajamento frequentemente

Resolva os relacionamentos quebrados

Tire férias (Marcos 6.30-32)

fonte:http://www.portalmda.com/

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Célula: A Igreja no Lar | Visão MDA

Célula: A Igreja no Lar | Visão MDA

Discipular – Ministério Comum a Todos os Santos


Todo mundo sendo bem discipulado e todo discípulo se tornando um líder (ou discipulador) compromissado, equipado e preparado para toda boa obra. É desta forma que Deus está nos habilitando para discipular outros.

Quando eu comecei o meu ministério, ainda solteiro, tinha problemas sérios em minha vida. Era um cristão carnal e não conseguia vencer pecados. Cada vez que pecava, pedia perdão a Deus e decidia de todo coração não pecar mais, porém não conseguia me manter firme, sobretudo nos pensamentos impuros, o que aumentava o meu sofrimento. Eu sabia os princípios de pureza e santidade, mas não conseguia aplicá-los na minha vida prática.

Na época, nem eu nem os meus líderes tínhamos muita clareza sobre alguns aspectos da obra, por isso não fui afastado e tratado até passar por um processo completo de restauração, o que seria mais correto naquela situação. Para isto também colaborou o fato de que só eu sabia destes pensamentos e atos pecaminosos, pelo menos no início, porque não me sentia obrigado a confessá-los a quem cuidava da minha vida. Se não me sentia obrigado, muito menos via o benefício desta prática. Eu me justificava perante a própria consciência no ato de confessar a Deus e a Ele pedir perdão. Aliás, muitos líderes cristãos ensinam assim: se você pecou, peça perdão a Deus e não há necessidade de falar a ninguém mais.

No meio do desespero e da angústia de querer e não conseguir ser fiel à vontade de Deus, meu irmão Lucas (que hoje está com o Senhor, depois de ter falecido num acidente aéreo) veio me dizer como estava feliz de ver o crescimento da obra em Santarém. Com a maior naturalidade, talvez sem pensar nas consequências, respondi com certo desânimo dizendo que poderia estar bem melhor se não fossem os problemas em minha vida pessoal. Embora eu não tivesse a intenção de ser totalmente transparente com ele, até porque pensava que não era necessário confessar minhas dificuldades a ninguém além do Senhor, o diálogo foi indo neste sentido. Ele me perguntou em que áreas eu estava tendo problemas e eu, que sabia que não podia mentir, falei tudo o que estava acontecendo.

Ele não se escandalizou, mas orou comigo, e isto me fez andar em vitória. Depois de algum tempo, os pecados voltaram. Pensei, então, que deveria lutar contra o pecado e depois de andar em vitória algum tempo poderia contar a meu irmão tudo o que aconteceu, mas já num contexto de vitória. Errado. Este tipo de pensamento é o que Satanás coloca em nossa mente para que, de fato, não andemos em vitória, apesar da constante luta contra o pecado. Há pessoas que vão a Encontros de cura, libertação ou algum outro nome parecido, e o impacto da palavra naquele evento é tão grande que tudo o que ficou oculto por anos é colocado à luz. Isto faz com que a vida dessas pessoas comece a pegar fogo. Mas, se não há um vínculo de discipulado onde ela mantém a prática de uma vida transparente, sorrateiramente os mesmos pecados voltam e o último estágio se torna pior do que o primeiro (Mateus 12.45).

Meu irmão voltou a me perguntar como eu estava. Como não podia mentir, confessei novamente e, mais uma vez, ele orou comigo. Seguiu-se um período de vitória e nova queda. Mas logo notamos que toda vez que eu me abria e ele orava por mim, eu começava a andar em vitória. Então fizemos um acordo: prometi-lhe que se eu pecasse, ele seria o primeiro a saber, dentro de 24 horas depois de haver pecado. Colocamos isto em prática e foi o começo da vitória. A partir daí, começamos a nos reunir semanalmente para que eu pudesse abrir minha vida com ele e orarmos juntos. Só nesse período é que percebemos que eu deveria ter me afastado do ministério por algum tempo.

Durante o tempo em que fiquei afastado da obra, sozinho com o Senhor, minha vida foi trabalhada pelo Espírito e voltei um homem diferente. Nunca mais caí nos mesmos pecados, embora tenham havido algumas lutas. Mas, ainda como solteiro, Deus me deu vitória completa no que se refere à impureza de pensamentos e atos que atentam contra a Sua santidade, situação esta que permaneceu por vários anos até meu casamento.

Foram anos de muita luta até descobrir o caminho certo. Eu costumo dizer que eu fui cobaia desta visão, porque depois de experimentar todo este sofrimento e então viver em vitória, comecei a atrair outros jovens que estavam passando pelas mesmas lutas que eu passei, os quais eu podia ajudar. Eu os aconselhava a fazerem como eu fiz, andando em transparência; orava com eles e tudo começou a se repetir. Estava funcionando para eles, como funcionou comigo. Da mesma forma, Deus quer que toda a sua igreja viva neste nível de relacionamento, com vínculos fortes e sadios, com transparência e edificação.

Publicado em 29 de outubro de 2013 / Categoria: Artigos